Aquela figura me deixava pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor. Era um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo.
Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião, não sabia. Dizia não ter idéia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam pelas ruas:
- Nossa amizade começou com um pedaço de pão, ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu, abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.
- Como vocês se ajudam?
- Ele me vigia quando estou dormindo; Quando alguém chega perto que ele me avisa latindo. Quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
- Serapião, você tem algum desejo na vida?
- Sim, alguns; Mas no momento tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.
- Só isso? Indaguei.
- É, no momento é só isso que eu desejo.
- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo. Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei.
Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha e a deu para o Malhado; Em seguida, comeu o pão com os temperos.
Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço. Não contive, perguntei intrigado:
- Por que você deu a salsicha para o Malhado?
- Para o melhor amigo, o melhor pedaço!
- Nossa amizade começou com um pedaço de pão, ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu, abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.
- Como vocês se ajudam?
- Ele me vigia quando estou dormindo; Quando alguém chega perto que ele me avisa latindo. Quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
- Serapião, você tem algum desejo na vida?
- Sim, alguns; Mas no momento tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.
- Só isso? Indaguei.
- É, no momento é só isso que eu desejo.
- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo. Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei.
Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha e a deu para o Malhado; Em seguida, comeu o pão com os temperos.
Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço. Não contive, perguntei intrigado:
- Por que você deu a salsicha para o Malhado?
- Para o melhor amigo, o melhor pedaço!
Autor: Não identificado
Amo essa estória do Serapião. Amizade é assim, seja ela qual for, possui um certo encantamento.
ResponderExcluirE seu blog está cada vez melhor, Ananias!
Bom ser tua amiga virtual!
Parabéns!
Ô amiga Virtual, obrigado pela elogio.
ResponderExcluirAgora ... eu a considero minha amiga não-virtual. KKKKkkk
bjs