Meninas, eu vi.

Hoje o meu carango amanheceu pior do que eu: não quis pegar. Também... deixei os faróis ligados. Haja bateria. No Problem! Ainda bem que o metrô passa bem pertinho do meu ap. 08h30min; lotado. Gente de todos os tipos e gostos. Cada modelito; Executivos em seus ternos VilaRomana, Garbo, etc e tal (aparentemente, não havia nenhum Armani). E os perfume; coisa de loco! Ah, havia uma gatinha que lixava as unhas. Porém, uma coisa é certa: eram trabalhadores, lutadores, guerreiros que estavam a caminho de mais um dia de luta pela sobrevivência. Pena que a maioria estava indo trabalhar na marra, pois não gostam do que fazem. O trabalho é chato, o patrão pior e a grana ... xiii, curtinha, curtinha, no final do mês. A viagem levou vinte minutos, tempo suficiente para eu observar que cerca de 90% (pra deixar barato) das pessoas viajavam sozinhas – assim como eu. Caladas, semblante sério; tristes, cansados, preocupados, pensativas. Olhares fixos ao piso do trem ou na janela. Miravam, perdidos, à procura de luz no fim do túnel. Alguns, entretanto, liam livros ou revistas. Outros examinavam contas a pagar (telefone, cartão de crédito, etc.). Vez ou outra faziam caretas como que assustados com determinado valor lançado. Uns tanto dormiam ou cochilavam, sinal evidente de uma noite mal dormida. Uma senhora com um Terço/Rosário na mão mexia os lábios dando a impressão de que repetia a cada conta: “Ave Maria cheia ...”. Não posso esquecer daqueles que curtiam um som maneiro no seu MP3, 4, 5 ... sei lá que número mais. Também tinha a turma do celular. Um barato; cada conversa! Bem, esse é o jeito de viver hoje em dia. Onde é mesmo que chegaremos nesse ritmo?!
Bjs e ótima semana a todos.