Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histórias Vividas", uma imponente gravura. Representava ela uma jibóia que engolia uma fera. Dizia o livro: "As jibóias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem mover-se e dormem os seis meses da digestão."
Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Respondera-me: "Por que é que um chapéu faria medo?"
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando.
Fonte: http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap00.htm
Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Respondera-me: "Por que é que um chapéu faria medo?"
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando.
Fonte: http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap00.htm
Já leu "Pequeno Príncipe"?
ResponderExcluirÉ lindo! Pura poesia mesmo!
Voltarei a lê-lo, pois tenho muito que aprender, ainda.
ResponderExcluirObrigado.
Oi Ananias, vim desejar um belo fim de semana!
ResponderExcluirAbraços
Vânia
oi esse eh livro que eu desde
ResponderExcluirquando aprendi a ler tenho vontade ler
e nunka encontrei pra ler.
alguém sebe onde eu compru ou tem pra mi emprestar?
Bjos
;*
Oi Jééh, vc pode ler o eBook no link que coloquei no final do texto: http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap00.htm
ResponderExcluirBjs
já pensou em ser psicólogo? mto boa a postagem... bom fds!
ResponderExcluirO "Pequeno Príncipe" é, até hoje, o livro que mais tem analogias e melhor pode ser relido e reinterpretado por cianças e adultos. Não conheço ningué que o tenha lido e não tenha gostado. E Saint Exupery era piloto assim como eu.
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